sábado, 29 de maio de 2010
Cientista afirmam ter criado forma de vida artificial
A notícia do dia ou do ano ou, possivelmente, do século é que após 15 anos de trabalho e depois de gastar milhões de dólares em sua pesquisa, o Doutor John Craig Venter, do instituto homônimo, comunicou ontem à imprensa um feito sem precedentes na história da ciência, a criação da primeira forma de vida artificial.
Sua equipe montou o genoma completo de um organismo vivo em laboratório. A bactéria usada, Mycoplasma genitalium, é o organismo vivo com o menor genoma conhecido. Vírus são menores, mas não são considerados exatamente vivos, uma vez que não conseguem se replicar sozinhos, ao contrário das bactérias.
Na experiência, que já dura alguns anos, introduziram um DNA criado digitalmente no núcleo de células microplásmicas que adotaram o genoma como seu, e começaram a replicar a um ritmo logarítmico tal qual faz uma bactéria.
A comunidade científica vem mostrando reações dispares a respeito. Uns dizem que ao ter usado células preexistentes não criou vida, só modificou uma forma de vida existente com um DNA artificial. No entanto segue sendo a primeira vez que uma forma de vida dotada de um DNA criado desde o zero em um computador começa a se multiplicar replicando o mesmo código em seus congêneres. Inclusive propuseram que corresponda a que considerem que seja uma nova espécie.
Como é sabido, uma ferramenta não é boa nem ruim até que a mão do homem use-a para construir ou para destruir. O que foi apresentado ontem servirá em um futuro muito próximo tanto para fabricar células mães como para desenhar armas biológicas. O que me assusta um pouco é que descobertas como estas, apesar da sua grande importância, nos deixam um pouquinho mais próximos do fim do mundo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário